IX ReACT

Reactivando o perigo: chamados e ressonâncias diante das crises ecológicas

A IX ReACT acontece entre os dias 21 e 24 de novembro de 2023, na Universidade Federal de Goiás, na cidade de Goiânia. Esta edição traz o tema “Reactivando o perigo: chamados e ressonâncias diante das crises ecológicas” e assim objetiva colocar em diálogo diferentes éticas ecológicas, modos de vivenciar o perigo e criar estratégias para habitar mundos em ruínas (Tsing, 2015), que são vividos no sertão do Brasil, como mundos perigosos (Rosa, 2013).

Nesta edição, buscamos posicionar o diálogo antropológico no âmbito da catástrofe climática, entre outras catástrofes como a mineração, o garimpo, o desmatamento e a violência do agronegócio, que ameaçam povos tradicionais ao longo da persistente catástrofe colonial e capitalista extrativista, intensificadas pela catástrofe climática global.

A IX ReACT é um convite para reactivar uma percepção do perigo que nos rodeia e acionar outras sensibilidades ecológicas que nos permitam escutar, dialogar e pensar sobre as consequências da crise ecológica global. Como extinção, morte e finitude são abordados por outros povos? Como esses povos lidam e continuam lidando com catástrofe?

 

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A partir do sertão do Brasil, o evento é um chamado para descolonizar as redes de pesquisa e as políticas científicas. E, assim, ampliar e diversificar produções e abordagens relacionadas à antropologia da ciência e da tecnologia. A IX REACT busca uma aproximação entre práticas e conhecimentos científicos e conhecimentos tradicionais (indígenas, camponeses, quilombolas, ribeirinhos, etc.) como um dos caminhos para enfrentar desigualdades sociais, econômicas, regionais, de gênero, racismo e outras consequências do colonialismo e do processo histórico de exclusão de minorias das instâncias de poder e de gestão do destino comum.

Há um chamado terrano feito por cientistas e por artistas sobre o Antropoceno, mas também há um chamado feito pelos povos tradicionais (Latour, 2018), que é historicamente anterior ao dos especialistas. A proposta é aprender com os povos tradicionais do Brasil e da América Latina novas possibilidades imaginativas e práticas sobre como lidar com a catástrofe climática global. 

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